O Narra abrange estudos sobre a comunicação, fenômeno compreendido como prática material da vida cotidiana, a partir da articulação dos eixos conceituais da narrativa, da cultura e da temporalidade. Dentro desse escopo geral, nossas pesquisas abrangem conceitos e temáticas diversas em torno da experiência, da historicidade, das relações de saber e de poder, das redes de sociabilidade, das questões identitárias, dos estudos de gênero, da sexualidade e da construção social da memória. Também se estruturam a partir dos mais variados processos e formas culturais, tais como: jornalismo, publicidade, música, literatura, cinema, televisão, moda, redes sociais online, fotografia, etc.

Desse modo, os trabalhos do grupo não se definem pela mídia estudada e sim pela vertente de investigação. Reforça-se uma perspectiva relacional, contextual e transdisciplinar dos fenômenos comunicacionais, contrapondo-se tanto ao formalismo quanto ao midiacentrismo e ao determinismo tecnológico. Os três eixos conceituais gerais do grupo são tomados não como objetos, mas como uma perspectiva interpretativa – narrativa-cultural-temporal – e como posicionamento intelectual que se afasta de marcações teóricas e metodológicas rígidas.

Em nossas pesquisas, ressaltam-se olhares sobre as contradições e disputas que constituem os fenômenos sociais – continuidades-descontinuidades, convenções-rupturas, concordâncias-discordâncias – como modo de apreensão das formações hegemônicas em relação às suas instabilidades e às potências de transformação. 

Dentre os principais campos com os quais as pesquisas do grupo dialogam estão as teorias da comunicação, as teorias da linguagem, a estética, a teoria literária, os estudos da narrativa, a teoria da história, as teorias da imagem e do audiovisual e a história da mídia. E dentre os marcos teóricos centrais com os quais o Narra trabalha, destacam-se a hermenêutica, os estudos culturais e o pós-estruturalismo.